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O tempo perdido. A frivolidade do discurso. O retrato da "servidão voluntária" continuada.

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"
Velho lutador sindicalista ainda teima, alternativo. Protesta. Abre o verbo. E acha que o Brasil tem jeito.

quinta-feira, março 23, 2006

A ministra Ellen Gracie Northfleet assume a presidencia do STF.



Salve a Ministra Ellen Gracie!

Pela janela da TV Senado, assisitmos mais alguns "espetáculos" a mostrar o despreparo de alguns de nossos parlamentares sobre as coisas mais simples da vida. Foi quando o plenário do Senado aprovou ontem a indicação da Sra. Ellen Gracie Northfleet para a presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por 61 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção.

Breves comentários:

Claro, foi muito bonito o beijo carinhoso inicial dado pelo Sen. Pedro Simon como cumprimento pessoal. Tal naturalidade distingue na grandeza humana o gesto de pessoa madura. Pessoas portadoras de alma elevada também exprimem em público, sem afetação, o sentimento de afeto através dessa linguagem pessoal: franca, verdadeira e elevada. E para o mais, dispensam palavras.

Como se pode observar, contaposto à linguagem dos gestos pelos quais os homens mais se distinguem, o problema mesmo são as palavras. Principalmente quando a elas faltar essa elevação interna. E é lamentável constatar que senadores da república mal sabem o que fazer com palavras - para mais ainda revelar "machismos" e afetação verbal como "verniz" para discurso vazio.

Imperdoável, mesmo, é a vulgaridade de quem discrimina o fato de alguém ser ou não mulher para destacar tal fato principal algo importante na vida da república, sob pressupostos da suficiencia requerida. Imperdoáveis, a pecar pela mediocridade são expressões como a do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) quando diz: ..."O meu voto ainda leva em conta a beleza e o charme. Assim voto com muito prazer."

Coisa da qual também não fica atrás o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) auto proclamado "médico ginecologista" aplicado à análise do virtual preenchimento do cargo no STF por eventual mulher - como se fosse fato também "ginecológico", algo extraordinário a se notar; cujo besteirol verbal foi explícito ao pressupor o exercício da magistratura como algo pertinente a essa atividade médica sob seu conhecimento. Ora vê-se, o Sen. Morazildo ainda tem muito a aprender.

De minha parte não suporto mais essa postura machista e discriminatória para tratar mulheres em qualquer parte. Assim como discursos feministas de ocasião.

Felizmente, a pouca fala da ministra Ellen foi suficiente para mostrar quanto sua perspectiva transcende qualquer das pequenas miudezas desse mundo vão. Mostrou trata-se de pessoa altamente qualificada para o cargo e, capaz de reconduzir o Judiciário ao melhor juízo perante a nação - comprometido pela injunção da política praticada no País nos últimos anos. Com toda certeza a Ministra Ellen saberá corrigir tudo isso. Inspira condiança.

Ficamos felizes que assim seja e, saudamos a chegada da ministra à presidência da suprema magistratura do País. A lucidez da ministra Ellen é o que mais o Brasil precisa nesse momento.

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