Eis abaixo

O tempo perdido. A frivolidade do discurso. O retrato da "servidão voluntária" continuada.

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"
Velho lutador sindicalista ainda teima, alternativo. Protesta. Abre o verbo. E acha que o Brasil tem jeito.

domingo, abril 16, 2006

"A cerimônia universal"


Valor, fetiche e ficção dourada. O bio-pecado econômico, político e social.

(lustração: Ideologia e a idolatria ao Bezerro de ouro - Tela de N.Poussin)

Aqui, em Retratos do Momento, não poderíamos deixar de consignar fatos da vida real que, pela expressão de seus personagens, marcam o próprio estágio de desenvolvimento da humanidade.

E aqui no blog o fazemos com a maior isenção. Agimos em nossa prospecção como se fôramos um extra terrestre mal aqui chegado. Claro, buscamos perquirir as mais íntimas das motivações a conduzir gestos da humanidade em significância em "teorias de valor".

Pois na Internet, hoje, noBlog do Noblat (16/04/2006 ¦ 10:11) sob o título
"Grau quer suceder Reale", encontramos a seguinte notícia:


"Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal, comentou com amigos que aspira à vaga aberta na Academia Brasileira de Letras com a morte do jurista Miguel Reale na semana passada. O jurista Célio Borja também é candidato. Manda a tradição da academia que possíveis candidatos só manifestem seu desejo uma semana depois da abertura da vaga".

* * * * *

Notas acrescidas: Ora, o Sr. Eros Grau é apenas mais um humano a refletir meio, costumes e cultura pelo espelho dos sentimentos, onde a figura do Narciso também gostava de se mirar - sendo resto a economia, política e sociologia do mundo circundante resolvida. Mostra a vida escoar por valores e crenças para mais se recompensar pelo mérito atribuido a si mesmo. Simplesmente deseja a própria "imortalidade". Perpetuação meritória convencionada. Reconhecimento para "coroar" trajetória considerada em valor maior - o galardão dourado - do qual sua biologia se tornaria portadora.

Registro: em relação à essa etapa (amadureciento histórico da humanidade): estamos no ápice da civilização. E os anseios humanos acima revelados expressam-se sem a crítica suficiente sobre razões do próprio viver submetido ao fetiche valorador: o brilho do metal dourado. Subjuga sonho e potência biológica a valor ex-humano da veste a envergar (objeto de desejo) sob louros do vil mineral.
E padece a humanidade os castigos dos deuses. Dobra-se à ficção. Irrealidade biológica onde o espelho reflete tais sonhos da humanidade em submissão idolátrica. E o mundo, vê-se, move-se por valores da usura, cobiça, inveja e avareza - enquanto Narciso se enfeita de brilhos. O ídolo dourado se superpõe. Traz à tona o próprio desvalor da biologia alienada: mero suporte de galardões dourados a espera de admiração e aplauso circundante. Pois para isso existe o resto da sociedade. O tal "auditório universal" do valor da ficção dourada - onde mais importam aplauso e mutismo circunspecto por submissão ao totem. Mais importem em valor assumido o discurso conservador sacerdotal, do que letra substantiva, evolucionária, ou crítica revolucionária.

Resta anotar a patologia histórica: a maldição da posse do ouro a marcar psique e poder temporal. O falso ídolo: o valor supremo ao qual se rende a "bio" operosa circundante. Resta o fetiche economico: Eros sucumbe à Tanatos ea potência biológica se esvai em trabalhos forçados para escavar em minas seu próprio valor em arrobas de ilusão equivalente. Patologia difusa instalada, resta o teatro sociológico da alienação e, o ajustamento político do incapaz de crítica. E ao mundo circundante sobra escravidão a valor e idolatria ancestral intocada.
Resta anotado: o espirito libertário subsiste e acha que o mundo poder ser outro onde imortal será alguém pelo quanto se escreve como Homero (Eros libertador). - sem fardões em academias. E não o que apenas se veste (Tanatos aprisionador) sem outro libar aos deuses pela própria vida em destino. Resta em favor do futuro revisar psiquismo regido por Tanatos e a alianação agregada aos douros da ficção.


(A propósito: vale a pena fazer uma leitura do texto produzido pelo Prof. Voltaire Schilling in: - "O deus é Mammon", História - Cultura e Pensamento, local de onde foi extraída a ilustração acima em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2004/07/28/000.htm)


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