Eis abaixo

O tempo perdido. A frivolidade do discurso. O retrato da "servidão voluntária" continuada.

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"
Velho lutador sindicalista ainda teima, alternativo. Protesta. Abre o verbo. E acha que o Brasil tem jeito.

quarta-feira, abril 16, 2008

Lula frente aos aposentados


Hoje o retrato do momento foi pintado pelo jornalista Josias de Souza no Blog ( http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/ ) a propósito do Sr. Lula.

Ao seu artigo, apenas substituiria o ponto final por vírgula para emendar: "Tudo isso para depois esconder o tal cartão corporativo: onde tudo se pode, e nada se nega".


Eis na íntegra e com foto o Artigo do Sr. Josias:

16/04/2008
"Lula quer derrubar na Câmara aumento a aposentado"

Rodrigo Pavan/Folha


"Os operadores políticos de Lula foram orientados a repassar ao consórcio partidário que dá suporte ao governo na Câmara uma determinação constrangedora. Em pleno ano eleitoral, o presidente encomendou aos deputados a derrubada de um projeto que beneficia algo como 25 milhões de aposentados e pensionistas da Previdência. Parte dos “aliados” não parece disposta a arrostar o desgaste".

"Deve-se o constrangimento a uma esperteza da oposição. Na semana passada, DEM e PSDB desmontaram a barricada que haviam erguido no plenário do Senado. Toparam votar as medidas provisórias que travavam a pauta de votações. Na seqüência, com votos favoráveis de tucanos e ‘demos’, aprovou-se um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), velho defensor da causa dos aposentados".

"A proposta de Paim é uma espécie de cavalo de Tróia. Invadiu, na forma de emenda, um projeto que o governo apresentara, para fixar em lei a política oficial de recomposição do salário mínimo: reajustes pela inflação, acrescidos de percentuais calculados segundo a variação do PIB. Com o auxílio da oposição, Paim estendeu os reajustes a aposentados e pensionistas da Previdência".

"O líder de Lula no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chiou. Em discurso candente, Aloizio Mercadante (PT-SP) alertou aos colegas que as arcas previdenciárias não suportariam a súbita generosidade. Lembrou que a Previdência convive, em 2008, com uma perspectiva de déficit de R$ 44 bilhões. O Senado fez ouvidos moucos. E a proposição do petista Paim foi aprovada sob intensos festejos de governistas e, sobretudo, de oposicionistas".

"Enviado à Câmara, o aumento aos aposentados converteu-se em embaraço para os deputados governistas. A determinação de Lula é peremptória. Quer o sepultamento da proposta. Um pedido que nem todo mundo parece disposto a atender: “Se é contra, o governo deveria ter agido no Senado”, disse ao repórter um expoente do PMDB, o maior partido do consórcio governista. “Os senadores posam de bonzinho e nós é que vamos ser os carrascos dos aposentados? Não dá. O presidente, se achar que deve, que arque com o desgaste de vetar a emenda do Paim, senador do partido dele.”

"O governo está debruçado sobre a máquina de calcular. Vai repassar aos deputados que o apóiam uma estimativa do impacto da emenda Paim sobre as contas da Previdência. De antemão, o Planalto avisa que, mantida a encrenca criada no Senado, fica comprometida a estratégia de recuperação do salário mínimo. Se não for atendido pelos deputados, não restará ao presidente senão vetar a proposta nascida do PT. É precisamente o que deseja a oposição, ávida por indispor Lula com o eleitorado".

"A tática de PSDB e DEM ficou ainda mais cristalina no aluvião de votos que os senadores das duas legendas despejaram sobre uma outra proposta de autoria de Paulo Paim. Aprovou-se a extinção do chamado fator previdenciário. Trata-se de um mecanismo criado sob Fernando Henrique Cardoso. Com votos favoráveis do PSDB e do então PFL e sob oposição cerrada do ex-PT. Submete o cálculo das aposentadorias a um cesto de critérios que inclui a idade, o tempo de contribuição do beneficiário e a expectativa de vida da população brasileira".

"É outra proposta que Lula deseja ver derrubada na Câmara. Nesta terça-feira (15), informado com ataques que o ministro petista Paulo Bernardo (Planejamento) dirigira ao Senado, Paulo Paim lembrou que, na gestão passada, o PT opusera-se de modo intransigente ao fator previdenciário. Não se conforma com o fato de que, no governo, Lula agora queira preservar o que antes criticava".

"A bancada governista planeja retardar tanto quanto possível a chegada das propostas de Paim ao plenário da Câmara. Tática arriscada. Quanto mais próxima a votação da dos projetos estiver da eleição de outubro, mais difícil derrubá-las. Argumenta-se que há na Casa um lote de 13 medidas provisórias por apreciar. Elas têm precedência sobre todas as outras matérias. A oposição se diverte".

"O deputado ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, anuncia aos quatro ventos a disposição de suspender a obstrução, desde que seja para apressar a votação das teses caras a Paim e ao ex-PT. José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, tenta revestir a esperteza de lógica. Argumenta que a oposição deseja apenas permitir ao governo que gaste bem o dinheiro público, destinando-o a causas nobres. Nada mais nobre do que tonificar o orçamento doméstico dos aposentados", para depois esconder o cartão corporativo onde tudo se pode. E nada se nega.
Escrito por Josias de Souza às 04h00
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Ao Blog do Josias foi enviado o seguinte comentário:

"Hoje o retrato do momento foi pintado pelo jornalista Josias de Souza no Blog a propósito do Sr. Lula".

"A esse artigo, apenas substituiria o ponto final por vírgula, para emendar depois: "artigo na íntegra" (acima), + "texto em vermelho" - (acima)".

"E em meu Blog (Reteratos do Momento -
http://retratosdomomento.blogspot.com copiei e transcrevi (íntegra) o artigo do Josias e, claro, acrescentei esse complemento por achar que faltou".

terça-feira, abril 01, 2008

Ingrid Betencourt derrotou a FARC.

GREVE DE FOME DE INGRIG BETANCOURT DERROTA FARCs.


Eis a notícia e, seja qual for daqui para frente seu desfecho: as FARCs estão derrotadas. Uma mulher foi quem derrotou. Na verdade, derrotadas pela mulher que raptaram. Sofrem o efeito "bumerangue" do ato de sequestro. Enfim, sequestrado vence sequestreador. A esse agora isolado, resta ver-se condenado pelos fatos.
E a condenar-se a si mesmo pelo resultado: trabalho e desgaste inútil para sequestrar refém. E mais tornar isolado o próprio movimento, ao invés de agregar. Mera estupidez humana. Mero registro histórico entre atos abomináveis.

Pois se tomada como moeda valorada na praça, nada mais podem contra uma mulher decidida. Quem por último resolve despir de si seu próprio e último valor material em peso vivo.

Pois resta anotar a noção. O bio-valor. Valor preponderante, social, político e econômico. E contabilizar a mais-valia-biológica pela própria moeda - viva, como símbolo e valor. Aliás, moeda econômica planetária, universal.

Pois em revisãomeis profunda sobre teoria econômica e valor social, eis a medida do prejuízo ao qual agora a FARC reduz valor - retorna ao simples e inerte mineral. Sua moeda abdica seu BIO-VELOR.
E retorna a humanidade repentinamente a fogueira primitiva para estabelecer moeda e troca.

Pois a Sra. Ingrid Betancourt após seis anos de cativeiro, enfim derrotou seus algozes. Pois vales-lhe zero a morte, valorizada pela história. Morta vale zero para sequestradores. Senão lhe restar em contabilidade o prejuízo. O peso da desmoralização. E a derrota: o desprezo humano restante.

E politicamente idiotas muito ainda mais serão considerados se quiserem continuar a manter pessoas sequestradas a título de pretensa "revolução socialista" - quando apenas provaram, ao fim se tornaram criminosos e sem o apoio do restante da humanidade. Jamais poderão representar forças que lutam pela emancipação e libertação de povos e países.

Aliás, só para mais recordar e isolar: na luta de classes, a essência do marxismo é extremamente humanista.

Pois eis a notícia segundo a qual Ingrid Betancourt estaria no 29º dia de sua vitoriosa greve de fome e, com ela, finalmente derrotar a FARC: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/01/ult23u1642.jhtm