Eis abaixo

O tempo perdido. A frivolidade do discurso. O retrato da "servidão voluntária" continuada.

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"

Enquanto mensaleiros, sanguessugas se escondem e outros discutem quanto resta repartir do "butim"
Velho lutador sindicalista ainda teima, alternativo. Protesta. Abre o verbo. E acha que o Brasil tem jeito.

domingo, julho 09, 2006

Que os Srs. Lula, Parreira, Ronaldos e Zidane descansem em Paz!

laa,
A Glória da França é isso, seus heróis!
Até no futebol a França cultua herói nacional. E venceu a partida.
No caso, foram dez os herois a levaram-na a perder - apenas nos Penaltis.

A Itália venceu, é verdade. Pode até ter merecido no primeiro tempo. Mas que importa?

Resta Zidane, o anti-heroi - agora a revolver cabeças no mundo.
Pelo visto será imagem universal. E no resto, atuante psicologia repressiva de civilização.

Certamente aqui estaremos em ponto de encontro da humanidade: mata ou morre por mãe ou irmã. Sendo resto, palavras aladas, coisa de ofensa vã. Sons vocais sem conteúdo no gesto.
Do alto damontanha mais uma vez Zaratustra viu e anotou: esporte é comunicação onde homens falam lingua precisa. Linguagem de gestos.

Coisa apredida desde a imagem primitiva.

Os Arapeches concebiam o mundo como um "jardim" natural desfrutável. O importante era que as crianças, os porcos e o inhame pudessem medrar. Se entendiam. Pela mão, faziam a guerra e a paz. Uma primeiro pior entendida. A segunda, depois melhor compreendida.
Linguagem clara, homens falavam pela mão. Estrangeiro respondia. Estendia a palma.
Sendo resto teoria em comunicação - assunto técnico - linguagem de Copa do Mundo.
Gesto, vaia, palavrório urrado, imagem comunicada.

E do alto da montanha a ver abaixo os homens tanto baterem cabeça, Zaratustra de novo teria anotado tal diálogo. E o som coletivo da vaia dita civilizada.

Com os Arapexes nada entendiam sobre manias dos italianos parlapatões, olhavam arquibancadas a espera de novos gestos. E fora delas, depois, entenderiam a corrida desesperada dos Pitbulls agora espavoridos: o Sr. Zidane expulso dos estádios estaria solto pelas ruas! Enquanto isso, fora dos estádios, vigiados pela polícia (muda) outros homens improvisam; também se falam pelas mãos. Nenhum estrangeiro dizia: queremos paz, somos de paz.

Agora recolhido aos aposentos, o Sr. Zidane fica melhor na foto!
Virou referencia em teoria de comunicação.
E a França guarda o herói, o artista primitivo Zidane: capaz de espantar Pitbull, capaz de dar chapéu em brasileiro convencido. Outro futebol, para labéu planetário.

Fim de Copa. Depois do Sr. Lula repetir palavrório e frouxidão, do Sr. Parreira insistir em teimar sobre esquemas, dos ronaldos se recolherem à aposentadoria enquanto só apenas o Sr. Zidane é capaz de se indignar, o mundo cansado de tanta "civilização" desaba em vaias.

Mas a Copa acabou e o Sr. Lula desaba desancado pelo herói ronaldo redimido.
Finalmente agora toda essa gente tem idade para aposentar. Tem "causos" a contar para netinhos.